domingo, 3 de maio de 2009

Polo de Lazer







Visão da Praça Dr. Antônio Augusto. Ao centro, o corêto da banda de música inaugurado 1926 pelo Maestro Odílio Silva.






Antigo bairro do corculo, Vendo-se à esquerda a residência do comerciante Manuel Mourão. Ao fundo a residência do Cel. José Xavier - Capitão da guarda Nacional.

Visão do antigo monte do Cruzeiro.

Casa Paroquial - 1923







Pereiro 1922. Praça da Matriz, vendo o cruzeiro bento pelo missionário Frei Vidal em 1799 e o corêto construido pelo Maestro Odilio silva em Homenagem ao Cetenário da República. À direita o obelisco comemorativo ao cinquentenário da abolição dos escravos. 27/09/1883.






Matriz de São Cosme e Damião de Pereiro, Inaugurada em 11 de outubro de 1831. Primeiro vigário Pe. Antonio Camelo Valcacer. A festa dos Santos gêmeos, é uma tradição na vida religiosa do Ceará.





Antiga Praça da Matriz tendo o vetusto Prédio da Independência (hoje demolido).

Fazenda Trigueiro









Pereiro - Bi - Secular Casarão da Fazenda Trigueiro, Propriedade do português Manuel Diógenes. Foi seu habitante por vários anos, o fazendeiro José Diógenes Maia. O casarão é habitado pela Viuva Delcides Vieira Diógenes. Construido pelos escravos em 1794. Em 1976, recebeu a santa bença de Frei Damião de Bozano, em pregação pela Serra do Pereiro.

Histórico

Segundo o históriador Antônio Augusto de Vasconcelos, Juiz Municipal de Pereiro, presidente da solenidade comemorativa da abolição dos escravos daquele comuna em 1883, concedidas as sesmarias nas Seras do Camará e de Pereiro, pela Câmara Municipal de Ico, não havia ainda moradores naquela região serrana. A Serra do Pereiro foi habitada pelos índios Icós que lhe davam esse nome.No entanto, diz a tradição que Manuel Pereira, naturalde São Bernando de Russas, naseca de 1777 subiu a serra com a família,venceu seríssimo obstáculos, a mata densa e inexplorada e ali construiu um nicho no lugar em que edificou o povoa. Naquela época, longínqua, não existiam meios de defesa contra o flagelo, razão porque o drama atingia as cores impressionantes da miséria e mortalidade. Corria o mundo a fertilidade da Serra do Pereiro, nos limites do estado do Rio Grande do Norte. Desses Jaguaribenses intrépidos, foi Manuel Pereira, de Russas, largou-se no mundo, acompanhando da numerosa família em demanda da serra cuja fertilidade era invejável e lhe garatia a subsistência.Do cimo da serra, Manuel Pereira monta sua moradia de pau a pique e, pouco a pouco, um pequeno aglomerado foi crescendo. Certo dia , Manuel Pereira, homem de fé, mandou erigir um nicho de oração dedicado aos santos gêmeos, Cosme e Damião. Passadosalguns anos, ou seja, em 1798, Pereiro recebe a visita do famoso missionario Frei Vital da Penha, que atraiu centenas r centenas de cristãos. É sabio que o primeiro sacerdote a visitar a capelinha dos santos Cosme e Damião, de que se tem notícia, foi o célebre apóstolo Frei Vital de Froscarello, capuchinho da Penha, em Recife. Abriu, entre o povo, missõesque se tornaram célebres. segundo outros registros, aCâmara de Fortaleza escreveu ao governador do Bispado de Pernambuco e ao Prefeito da Penha, agradecendo-lhes terem mandado ao Ceará o missionário Frei Vital e rongando que não o façamretirar da capitania sem que haja concluído as missões que nela está pregando. Em 1920, o então vigário de Pereiro, Pe. Miguel Xavier de Morais, que deixou um ministério santoe edificante, registra que no dia 27 de outubro de 1798, assinado por Frei Vital, foi encontrado casualmente em 1900, por ocasião de ser serrada a haste deum velho conservado na matriz, como dizia o histórico: "Existia , na Matriz, uma haste de um velho cruzeiro, tido grande veneraçãopelo povo, o qual fora arrebatado por um louco. O Revmo Pe. João Carvalho de Araújo, meu predecessor, mandou serrar a haste do dito cruzeiro para trabalhos pertencentes a Matriz. O serrote, Jeitoso e providencialmente manobrado por destro carpinteiro, descobriu ileso um invólucro misterioso. O Revmo Pe. João Carlos, emocionado e surpreso, religiosamente o extrai e examina, com grande ansiedade. Eis que tem em sua mãos um ligeiro das missões de Frei Vital nesta Frequesia aos 27 de outubro de 1798, uma pequena cruz de metale uma relíquia de Santa Flora. Depois, o aludido Pe. João Carlos, cuidadosamente, envolveu de novo o secular achado e colocou em um caixilhopróprio, cavado ao pé da tosca cruz comemorativa do século 1800-1901, feita com a madeira do velho e venerado cruzeiro. Pereiro, 24 de janeirode 1920." Definitivamente, até o ano de 1874, Pereironão conhecia os rigores do cólera morbus. Durante muitos anos, o povoado conservou o nome de Pereiro. A revolução de 1817, de natureza republicana, cujos reflexos se fizeram sentir no Ceará, registrou no povoado uma série de crimes e prisões. A povoação de Pereiro foi teatro de lutassangretas entre os partidos "Rasgado" e o "Patriota" ao tempo do movimento armado de 1924, conhecido por "Confederação do Equador", tendo sido vitimado, em consequência, o Sargento-Mor Manuel do Espírito Santo da Paz e muitos outros. Depois de proclamada a República do Equador, a 27 de agosto de 1824, 0s portuqueses de Iço, sabendo a aproximação de Pereiro Filgueiras, refugiaram-se na serra, no Arraial de São Severino, onde residia o célebre Manuel Antônio de Amorim. Este, à frete do seu povo, plantou na povoação do Pereiro a bandeira imperial. Pereira Filgueiras, ao saber dos propósitos do ataque deAmorim, impeliu o Sargento-Mor Queiroz, em fins de setembro, para desalojá-los da povoação. Amorim, Dividindo sua tropa em dois corpos, atacou, de emboscada na ladeira do Pau Branco, Queiroz, que se viu derrotado. Os imperialista de Pereiro contribuíram ainda para que a tropa de José Dantas, do Rio do Peixe, batesse os republicanos em mais de um encontro. Na mesma época, Manuel Antônio de Amorim, de ordem da célebre comissão Matuta, foi mandado profligar com a tropa de Tristão Gonçalves, que deixara o Aracati para juntar-se ao exército de Pereira Filqueiras. Em 31 de outubro de 1924, travou-se cerrado tiroteio no lugar Santa Rosa, em que foram derrotados os revoltosos, no qual perdeu a vida o vida o vigoroso presidente confederado, tristão Gonçalves, tornando-se impossível as reuniões das forças republicanas. Este histórico tem profunda ligação com o município de Pereiro.

Fontes dessa Postagem Livro Pereiro Serra dos Santos Cosme e Damião por: Adauto Odilon da Silva.