quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Secretaria de Cultura e Turismo

Sem a cultura e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda criação autêntica é um dom para o futuro. (Albert Camus)
SECRETARIA DE CULTURA E TURISMO
Criatividade e Inovação para Cidadania.
Governo Pereiro em Boas Mãos.

A Secretaria de Cultura e Turismo foi criada pela lei 595, de 17 de novembro de 2008. A câmara dos vereadores aprovou a criação da mesma, do Plano Municipal de Cultura, Incentivo Fiscal e do Fundo municipal de Cultura, Sediada na Casa de Cultura José Wagner Teixeira Maia.
Conta com seis funcionários.a Secretária Francisca Estevam da Silva, mais conhecida por Francyr, uma pessoa que merece o nosso respeito e estima, é a primeira mulher a ocupar um lugar na câmara como vereadora no Município de Pereiro e hoje no seu terceiro mandato vem desempenhando a missão que Deus lhe concedeu, que é a de servir ao seu povo através da política e como secretária de Cultura e Turismo busca no dia-a-dia atender as necessidades culturais do nosso município. Temos a Sub-secretária de Cultura e Turismo , a professora Antonia Acácia de Morais Fortunato, dedicou trinta e três anos de serviços a Educação como professora, Diretora, e coordenadora nas Escolas, formada em Ciências Humanas hoje afastada das atividades educacionais dá a sua contribuição à cultura visando sobretudo a difusão e o aperfeiçoamento da mesma.
Contamos também a coordenadora de Cultura e turismo
Joana Maria Lima Barros que trabalha também com esse objetivo, ela é filha de Caririaçú, mas é amada por todos nós pela sua dedicação, e considerada Pereirense de coração, enfim, toda equipe da Secretaria de Cultura e Turismo vem trabalhando brilhantemente no sentido de resgatar a nossa cultura que é rica em talentos culturais como:
Carnaval
Quadrilhas Estilizadas e Quadrilha Tradicional
Danças Folclóricas
Cantigas de Rodas
Teatro
Poesias
Artes plásticas
Cantores e cantadores de Viola, etc
O objetivo maior da nossa cultura é o progresso do nosso município.
Com relação ao turismo contamos com muitas belezas que são confirmadas em suas paisagens, em seu clima agradável e no cenário para o contato com a natureza. O nosso município é uma atração turística. Entre os seus principais pontos turísticos destacamos:

PONTOS TURÍSTICOS DE PEREIRO
MONTE CRISTO REI onde o Cristo abençoa a nossa cidade e a sua visão é bela pois circunda a cidade um panorama que envolve a topografia serrana. Um verdadeiro painel cultural;
MIRANTE (SÍTIO CARVÃO);
CASA DOS ESCRAVOS (SÍTIO TRIGUEIRO);
BRISANET (SÍTIO SERROTE VERDE);
AS CACHOEIRAS (SÍTIO MORADA NOVA, TOMÉ VIEIRA, CÓRREGO DA NEGRA, BAIXA VELHA);
AÇÚDES (SÍTIO DOS LOPES, SÍTIO GROSSOS, SÍTIO CAETANO, SÍTIO AÇÚDE NOVO, SÍTIO SANTO ANTONIO);
AÇÚDE ADAUTO BEZERRA;
HOTEL (VIZINHO AO CORREIO)
CORREIOS;
CASA DA CULTURA (AV: JOÃO TERCEIRO DE SOUSA);
PÓLO DE LAZER
FESTA DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA, FESTA DOS NOSSOS PADROEIROS SANTOS COSME E DAMIÃO E CARNAVAL que atrai para o município visitante de outros locais e os nossos filhos ausentes.
A Secretaria não mede esforços para contribuir com a manutenção e zelo dos referidos pontos turísticos.
É também através de projetos em andamento que pretende alcançar cada vez mais a evolução cultural do município:
Cine Pereiro.
Viagem pela Literatura.
Projeto Biblioteca Cidadã- SECULT e MINC ampliação do acervo com 3 mil livros.
Projeto Memórias.-Criação de um Museu, que conta com doações da comunidade.
Cultura na Escola.
Coral de crianças.
e outros, mobilizando cada vez mais a nosso povo, fazendo do mesmo um povo atuante e feliz.

Ações desenvolvidas nos oito meses do ano 2009 na Secretaria de Cultura e Turismo.
Carnaval - fevereiro
Grupo de Teatro Arte em Faces com 20 Componentes e 3 monitores

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Resumo histórico sobre a formação econômica de Pereiro.

No último quartel do século XVIII, especificamente em 1777, Manoel Pereira proveniente de São Bernardo de Russas no vale jaguaribano fugindo da seca que assolava o sertão cearense naquela época encontra a bonançosa região da serra dos Icós, região esta de solo fértil e irrigado pelas prolongadas chuvas de primeiro semestre que ocorrem em anos de fartura contradizendo-se com períodos de secas castigadoras, e no qual é propício para o cultivo de variadas espécies de frutas e cereais. A serra dos Icós conhecida assim pelo fato de haver índios de mesmo nome na região encontra-se a uma latitude 06º02’30” sul e a uma longitude 38º27’35” oeste, estando a uma altitude de 560 metros, e que faz fronteira ao norte com Iracema, Erere e Limoeiro do Norte, ao sul com São Miguel e Icó, a Leste com Jaguaribe e a Oeste com Dr Severiano, Encanto e Pau dos Ferros. A chegada de Manoel Pereira com numerosa família inicia a grande história do homem branco no município de Pereiro, município este que era habitado anteriormente pelos índios Cariús e Icós, estando os últimos extintos. Desde o inicio de sua ocupação as terras pereirenses mostravam-se extremamente propicias a agricultura com inúmeras fontes naturais de água potável, objeto primordial para a sobrevivência do homem, pelas suas terras férteis e clima agradável com chuvas regulares e intensivas em períodos de bonançosa fartura, contrário a outros de seca predominante e sofrimento para os organismos existentes ali. Em 1798 a visita do missionário Frei Vital da Penha trouxe consigo quantidade considerável de fieis o que contribuiu para a povoação inicial daquele lugar no coração da serra do pereiro. Por muito tempo em questões topônimas a serra recebeu o nome de Pereira em homenagem ao seu fundador Manuel Pereira, com o tempo foi mudado para Pereiro em função da enorme quantidade de árvores que tem ali com este nome, e motivo no qual os índios batizavam aquele local com tal topônimo.

Desde o início a base da economia de subsistência é a agropecuária, a plantação de milho e feijão e a criação de bovinos destacam-se não só como meio de sobrevivência, mas como meio de troca por utensílios das mais variadas espécies com o município vizinho e potência comercial da época o município de Icó que fica ao pé da serra. A sua formação histórica administrativa tem inicio no alvorecer do século XIX com a chegada de mais famílias a serra dos Icós. Em 21 de Outubro de 1842 o povoado da serra dos Icós eleva-se a categoria de vila tendo sede o lugar denominado Santos Cosme e Damião pelo decreto de 11-10-1831 e por ato provincial de 18-03-1842. Elevado à categoria de vila com a denominação de Santos Cosme e Damião da Serra do Pereiro, pela lei provincial nº 242, de 21-10-1842, desmembrado de Icó. Pela lei provincial nº 1135, de 24-11-1864 e por ato de 22-06-1869, é criado o distrito de Saco da Orelhas atual Erere e anexado a vila de Santos Cosme e Damião da Serra do Pereiro. Elevado à condição de cidade com a denominação de Pereiro, pelo decreto estadual nº 54, de 28-12-1890.

Com o tempo a difusão dos engenhos de açúcar e casas de farinha e a utilização da mão-de-obra escrava na fazenda trigueiro de Manoel Diógenes e em muitos outros lugarejos daquela serra proporcionou grande lucratividade para a vila, a plantação da cana juntamente com a do algodão alcançou altos índices de produtividade até a metade do sécula XX, a rapadura produzida na serra do Pereiro era conhecida pela sua grande qualidade em todo o vale do Jaguaribe, essas pequenas indústrias tinham seu valor econômico e nos anos bonançosos, eram transportadas em lombo de burros para vilas e cidades vizinhas.

Conforme Adauto, (1998)

Segundo registros pesquisados, a rapadura em Pereiro pesava um quilo e cem gramas e tinha a denominação de ‘rapadura da banca’, diferente das congêneres fabricadas no Cariri. Eram também encontradas nas feiras públicas de Pereiro e nas vilas ou mesmo no vizinho Estado do Rio Grande do Norte”.

A construção de inúmeros engenhos de açúcar e de farinha foi questão de tempo no decorrer do século XIX, o algodão foi de fundamental importância para o desenvolvimento do comércio existente no município atualmente e para as famílias mais poderosas do Pereiro. O algodão no inicio era fiado, mas não tecido, em forma de fios era vendido para Pau dos Ferros no Rio Grande do Norte.

Segundo Adauto (1998)

O beneficiamento do algodão teve inicio no final do século XIX quando uma máquina destinada para tal serviço veio de Mossoró, adquirida pelo Coronel Xavier, puxada por cinco possantes e adestradas juntas de bois, as quais, auxiliados por dezenas de trabalhadores. A tal máquina foi importada de Liverpool, cidade da Inglaterra, Condado de Lancaster, o primeiro lugar do mundo como empório algodoeiro”.

A questão do transporte era precária, como neste tempo não tinha carros na cidade de Pereiro o transporte do produto era feito por mulas, as estradas de difícil acesso não impediam os tropeiros de vagarem a serra de cima para baixo vendendo o algodão produzido na serra. O algodão teve desempenho primordial para a ascensão do comércio do município juntamente com a farinha de mandioca e a rapadura, a renda auferida com estas culturas era destinada ao último e ajudava a movimentar a economia do pequeno lugarejo.

A fauna da serra do Pereiro, outrora, Pereira, foi bastante rica e constante de variadas espécies de animais como a onça preta, vermelha, pintada, raposa, macaco, guaxinim, mocó e outros que davam à região admirável valor econômico. No subsolo do município, o calcário tem sua importância. A argila de primeira qualidade para o fabrico de telhas e tijolos, daí a riqueza mineral de excelente solo. Porém os olhos deste povo empreendedor não estavam virado apenas a exploração das riquezas naturais do seu solo, pensavam grande, e como as condições não permitiam o crescimento econômico-financeiro da sua população, jovens desbravadores voltavam sua atenção para a Amazônia e os seus encantos, época esta em que a extração da borracha estava em seu auge e a exportação alcançando altos índices valorizando em demasia aquela região tão inóspita e cheia de segredos.

Conforme Adauto (1998)

Naquela região do nosso país, a partir do século XIX, os nossos rurícolas conterrâneos, de outras atividades, inúmeros sofridos pela ingratidão das secas impiedosa e inclementes, sonhavam com o ‘inferno verde’, com seus mistérios. A exploração da borracha nos seringais já se fazia conhecer pela sua relevância econômica, haja vista, o intercâmbio internacional.

Já no século XX o comércio desenvolve-se e torna-se o ponto principal da economia pereirense, o mercado público os comerciantes vendiam produtos dos mais variados tipos, a feira que toda segunda-feira vem para o município com feirantes de Pau dos Ferros, São Miguel e Jaguaribe, tudo isso e muito mais movimenta a economia pereirense. A agricultura desde o inicio mostrou-se ser o ponto forte da economia pereirense juntamente com a pecuária, mas no final do século os aposentados e servidores públicos desempenharam papel fundamental na economia contribuindo para aumentar o movimento comercial do município. O comércio é ponto fundamental hoje. Sem os aposentados e servidores públicos o comércio estagnaria.

Um problema hoje no município é o alto nível de acumulação de riqueza por parte dos mais ricos a desigualdade financeira na população é acentuada com 0.44 no índice de gini de acordo com o ultimo censo o IBGE, os seguintes dados sobre o índice de qualidade de vida da população pode ser exposto: Incidência da Pobreza 67,15 %; Limite inferior da Incidência de Pobreza 61,33 %; Limite superior da Incidência de Pobreza 72,97 %; Incidência da Pobreza Subjetiva 75,64 %; Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva 70,36 %; Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva 80,91 %. O volume pluviométrico anual na região é de 1047,9mm. Pode-se destacar como principais caracteristicias econômicas da região pelo lado da agricultura a exploração do algodão arbóreo e herbáceo, Arroz, Milho e Feijão, a pecuária se destaca pela criação de bovinos, aves e suínos, um ponto forte que pode ser explorado de forma que possa melhorar as condições de vida da população pereirense no quesito que se refere a economia é o turismo, o município tem um potencial enorme nesta questão temos como principais pontos e festas turísticas do município o seguinte: Festa do Município (30 de agosto); Festa de São José (19 de março); Festa do Padroeiro (27 de setembro); Festa de São Vincente (julho); Monte Cristo Rei, com estátua de braços abertos para a cidade, acesso pavimentado. aproximadamente 2 km do centro; Mirante no Sítio Carvão, de onde se pode olhar todo o baixo Jaguaribe da qual se pode praticar Paragliding, acesso: estrada piçarrada.

No decorrer do último quartel do século XX veio ao território pereirense a cultura do mamoeiro, fruto este que trouxe renda extra para os agricultores possuidores de terras extensas, porém foi uma renda de curto prazo, devido à grande quantidade de água requerida para o seu cultivo e as doenças do mamão a cultura foi abandonada. A castanha de caju também traz renda extra para os agricultores contribuindo para a formação de um pólo na exploração desta cultura. Vários projetos do governo federal como bolsa família vem contribuindo para aumentar a renda dos menos favorecidos da região, diminuindo a desigualdade financeira que era bem acentuada em períodos passados. Hoje a manga tem lugar garantido, juntamente com a banana, coco da baia e muitas outras culturas, o solo é fértil e cheio de nutrientes, o que torna a agricultura o braço forte da economia de Pereiro juntamente com o comércio. Mais adiante será apresentado dados do ultimo censo do IBGE sobre a agropecuária pereirense.

Hoje o município de Pereiro tem 15.291 habitantes, com uma instituição financeira que é o Banco do Brasil e em menor expressão o Bradesco e Caixa Econômica, tem o PIB a preço de mercado corrente de R$34.778, com o setor de serviços tendo a maior participação, como foi destacado anteriormente os funcionários públicos e aposentados quem movimenta a economia sem eles tudo paralisaria, portanto a participação no PIB é de R$26.089 logo a frente da agropecuária e da indústria com R$3.890 e R$3.016 respectivamente, os impostos vem logo atrás com uma participação de R$1.782 no PIB. O município tem hoje 7 indústrias de transformação de pequeno porte e 3 indústrias de construção, nos serviços e impostos se destaca a empresa prestadora de serviços de internet do interior nordestino, a Brisanet, empresa esta registrada no território pereirense e que atua de forma empregatícia para a população do município, e que disponibiliza internet de qualidade para a cidade o que torna a inclusão digital bem acentuada tornando a população informatizada.

Segundo dados do IBGE a agropecuária pereirense têm os seguintes dados: Bovinos - efetivo dos rebanhos 6.806 cabeças; Eqüinos - efetivo dos rebanhos 295 cabeças; Asininos - efetivo dos rebanhos 1.729 cabeças; Muares - efetivo dos rebanhos 303 cabeças; Suínos - efetivo dos rebanhos 3.751 cabeças; Caprinos - efetivo dos rebanhos 2.293 cabeças; Ovinos - efetivo dos rebanhos 1.902 cabeças; Galos, frangas, frangos e pintos - efetivo dos rebanhos 25.099 cabeças; Galinhas - efetivo dos rebanhos 25.223 cabeças; Vacas ordenhadas - quantidade 1.918 cabeças; Leite de vaca - produção - quantidade 1.209 Mil litros; Ovos de galinha - produção - quantidade 177 Mil dúzias.

A agricultura por sua vez tem representação na produção de feijão com produção anual de 448 Toneladas rendendo 437 mil reais anuais para os produtores, o milho com produção anual de 2.339 Toneladas, com renda de 928 Mil por ano. Segue outras culturas de grande importância e os dados passados pelo IBGE: Banana - Quantidade produzida 400 Tonelada, Valor da produção 99 Mil Reais, Área plantada 25 Hectare, Rendimento médio 16.000 Quilogramas por Hectare; Castanha de caju - Quantidade produzida 22 Tonelada, Valor da produção 18 Mil Reais, Área plantada 230 Hectare, Área colhida 230 Hectare, Rendimento médio 95 Quilogramas por Hectare; Coco-da-baía - Quantidade produzida 11 Mil frutos, Valor da produção 4 Mil Reais, Área plantada 2 Hectare, Área colhida 2 Hectare, Rendimento médio 5.500 Frutos por Hectare; Mamão - Quantidade produzida 1.000 Tonelada, Valor da produção 249 Mil Reais, Área plantada 20 Hectare, Área colhida 20 Hectare, Rendimento médio 50.000 Quilogramas por Hectare; Manga - Quantidade produzida 153 Tonelada, Valor da produção 69 Mil Reais, Área plantada 17 Hectare, Área colhida 17 Hectare, Rendimento médio 9.000 Quilogramas por Hectare;

Além da agropecuária e do comércio o setor de turismo da região pereirense tem um forte potencial para crescer, com os seus inúmeros pontos turísticos, como o monte cristo, o mirante do carvão, várias cachoeiras e matas virgens inexploradas pelo homem, têm também as obras arquitetônicas, a igreja dos santos Cosme e Damião do século XIX de arquitetura onipotente sobre as outras e a praça da matriz de design moderno o que torna o centro de pereiro um local de eventos e reuniões de sua população. Portanto, pode-se destacar que o potencial maior para o município esteja voltado para o turismo, pois outro meio é praticamente impossível, indústrias de grande porte ainda não fixaram em Pereiro devido a sua localização, fica muito distante da capital Fortaleza e da BR 116 principal via de comunicação com a capital cearense, o custo beneficio para a instalação de uma empresa produtora de bens de consumo como sapatos por exemplo é impossível devido a estes fatores e as condições das estradas são precárias, por tal motivo a maior parte de jovens deste município voltam os olhos para os centros financeiros do país, Fortaleza e São Paulo, todos os anos vários deles saem de sua terra natal em busca de melhores condições de vida, portanto, vale apena ressaltar o valor que o turismo tem para o desenvolvimento da região.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


Odilon da Silva, A. Pereiro Serra dos Santos Cosme e Damião. 1. ed. Fortaleza: RBS, 2004.

Odilon da Silva, A. Filhos Ilustres do Pereiro. 1. ed. Fortaleza, 1990.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA – IBGE. O Brasil município por município: Pereiro/CE. 2007. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1 . Acesso em: 12 Jul 2009.

Texto por Bruno Morais.


quarta-feira, 27 de maio de 2009

Confederação Nacional de Municípios divulga valores extras repassados do FPM.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou, na última terça-feira (19), o valor da complementação que está sendo repassada aos Municípios brasileiros nesta segunda-feira (25). A informação foi repassada pelo presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, e está no site da Instituição.

Esse dinheiro faz parte da Medida Provisória 462/2009, que prevê a restituição dos valores menores recebidos pelo FPM no primeiro trimestre de 2009, em comparação ao mesmo período de 2008, sem a incidência de descontos.

CÁLCULO - O valor da complementação foi calculado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), no qual é feito caso por caso o montante das perdas nominais que cada Município apresentou nos três primeiros meses deste ano. O total chega a R$ 755 milhões.

Praticamente quase todos os municípios do Brasil receberão esta complementação, menos em 318 casos, os que tiveram um aumento de coeficiente de 2008 para 2009. Desse total, 16 são do Ceará.


segunda-feira, 11 de maio de 2009

Rufino Maia

Ao longo, recatada, na modéstia altiva,
Quase solitário como a fugir do mundo,
Estóica e bela, farmosa e pensativa,
A terra amanda do meu amor profundo.

Ei-la sobre a serra do mesmo nome, viva,
Ávida de progresso e a pensar bem fundo,
Dentro das serranias que o panorama aviva
De lindos painéis e do chão fecundo.

Como relembro a minha terra amada!
O povo simples a espargir bondade
No doce berço do natal torrão.

Suíca do meu bem, terra idolatrada,
Há semelhança em nós de liberdade
Neste teus cimos que abonam a amplidão.

Crônicas

O SETE DE SETEMBRO EM PEREIRO
(Francisco Walmiro de Carvalho, Escritor e Poeta)

Minha querida cidade que é Pereiro
comemora hoje garbosa, eu me lembro,
Esta data memorável de nossa história,
É o festejado Sete de Setembro.

A linda praça da Matriz está repleta
E o povo todo se aglomerando nas calçadas,
Para assistir de perto estas crianças
Que desfilam vistosas e bem fardadas.

No coreto as autoridades de nossa terra
Estão presentes a esta festa estudantil
Pois com certeza esta juventude que desfila
Será, bem breve, grande futuro do Brasil.

E o povo todo aplaude nossos estudantes
Com delírio, com ovação, com calor
Demonstrando que tem como nossos jovens
Muito carinho, dedicação, muito amor.

O Pingo de Gente sempre foi grande atração
Pois são crianças que marcham inocentes,
E suas mestras, que carinho lhe dedicam,
Mostram que são dedicadas, competentes.

A Escola Nilda Campos, Logo em seguida,
Ao som dos tambores, marcha na estrada,
Pisando firme, demonstrando galhardia
A esta gente de nossa terra idolatrada.

O colégio cenecista, com muito garbo
Desfilar com denodo, garra e coração,
E, ao passar em frete à grande massa
Dela recebe muito aplauso, muita ovação.

Temos enfim o Virgílio Correia Lima,
Tradição cultural esta escola encerra,
Por ela já passou muita gente ilustre
Quem representa lá fora a nossa terra.

E esta data do dia Sete de Setembro
Lembra que Dom Pedro, com grande porte,
Puxou a espada e gritou a seus soldados,
Bravos: Laços fora, "Independência ou Morte!".

Isto, porém, aconteceu há muitos anos
No Riacho do Ipiranga, com certeza,
E, a partir desse momento, nosso Brasil
Deixou de lado o trono e a realeza.

Cento e sessenta anos comemoramos
Com muito civismo nossa Independência,
Foi na era de mil, oitocentos e vinte e dois
E dela todo o mundo tomou ciência.

E nesta data magna de setembro
Eu sinto reminiscência, sinto saudade
Do Coreto antigo, da Áquia e do Obelisco
Que adornavam este praça da cidade.

Sinto saudade da Intendência antiga
Que ficava nesta praça ali no fim,
Era, na época, o maior prédio da cidade
E esta lembrança nunca sairá de mim.

Sinto saudade de muitas coisas belas,
Mas, o passado, deixamos para trá
Vamos viver com fé nosso presente
E mentalizar um futuro bem capaz.

A cidade e o Pereiro que se vê
Deixando enfim o Pereiro que se viu,
O verde, o amarelo, o azul e o branco
São, por sinal, as lindas cores do brasil.

A educação deu um passo mui gigantesco
E a saúde enfim grande progresso,
O transporte se expandiu por toda parte
São realizando que vejo e que confesso.

Pereiro é terra de bonitas jovens
E de rapazes viris e inteligentes,
Nossas mulheres são nobres são delicadas
E os nossos homens trabalhadores e competentes.

Esta nova fase que, aqui, experimentamos
Nesta linda terra certamente aconteceu
Foram obras que serão inesquecíveis
Na grande administração de Irineu.

O Município de Pereiro é conhecido
Não somente no Cerá, porém, além,
No nordeste todos falam de Pereiro
E por não dizer em São Paulo Também.

E debaixo de um céu primaveril
Ergue-se belo, altivo e altaneiro
Abençoado por São Cosme e Damião
Este torrão amado que é Pereiro.

E parodiando Bilac, grande poeta:
" Amai, com fé, a terra em que nascestes
Moças,rapazes, homens e mulheres
Vereis jamais nenhum Pereiro como esté".

Centenário

No dia trinta de agosto de 1990, a cidade de Pereiro completou cem anos de independêcia político-administrativa, à frete o jovem dinâmico prefeito José Irinel de Carvalh. ali estivemos participando das comemorações do evento que aconteceu na mais cordial, fraterna e carinhosa manifestação do seu povo. Tivemos o prazer, a alegria de abraçar muitos parentes, conterrâneos e amigos. Ao mesmo tempo, saboreamos com alma os doces enlevos de uma natureza serrana encantadora. Verificamos que a cidade com suas artérias multiformes, ora retas, ora sinuosas,conserva ainda a imagem original ou de nascença, apesar da modernidade que se lhe implantaram. Sobrepõe-se-lhe esbelta e majestosa a Igreja Matriz de S. Cosme e Damião, padroeiros da terra, fincada em tão próprio lugar, que poderia nomeá-la como o principal cartão de visita ao adventício. A paisagem serrana é maravilhosa. Entrecruzam-se as serras em relevos que se alternam como se fosse numa confraternização do belo físisco-geográfico. Do lado do nascente, o monte, em cujo ápice a imagem do Cristo Redentor, como se estivesse a pastorear o rebanho da minha terra natal. Dali descortina-se o panorama da cidade, o açude grande que lhe beija um lado e de um número de serras que se prolongam em vários direções. Em Meio a essa pujante natureza, os pereirenses se abraçaram, famílias e visitantes confraternizaram, comemorando um século de lutas e de glórias, A orquestração da passarada, em verda deira sinfonia, confundia-se com as alvoradas musicais cujo eco se estendia aos mais distantes recantos. Rememoram o passado, os tempos de criança, as casa onde nasceram, os homens de outras épocas. Fiquei muito alegre em ver minha terra natal cheia de fé e de esperança e o povo voltado para melhores dias. Cumprimos uma programação festivade 10 dias, qual jamais será olvidada pela sua elaboração e calou profundamente em todos os corações. Um pouco do Brasil pleno de tradições e civismo. Assim, viveu Pereiro prestigiado pelos órgãos governamentais, por todas as classes sociais, famílias tradicionais e por seus filhos ilustres.

Texto do Livro Serra dos santos cosme e damião.
Adauto Odilon da Silva.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Praça no Sitio dos Lopes

Antes
Depois

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Paralisação em Pereiro



Educadores de Pereiro mais uma vez param em defesa da Implantação imediata no município e em todo o Brasil do Piso Profissional Nacional Salarial.

Mais uma vez, atendendo a convocação da Comissão Municipal de Professores/APEOC, os educadores do município de Pereiro aderem à Greve Nacional da Educação.

Mesmo mediante da pressão que foi feita por parte da Secretaria Municipal de Educação, que tentou fazer com que o movimento não acontecesse, num ato de consciência de direito de liberdade, os educadores não só pararam, como também compareceram em peso a uma reunião que estava marcada para as 9 horas da manhã na sede da Câmara Municipal. Na ocasião foi apresentada pela Comissão Municipal de Professores/APEOC a versão preliminar das propostas da classe para a reformulação do Plano de Cargos e Carreiras do Magistério Municipal que, conforme a Lei do Piso tem que ser realizada até 31/12/2009.

A Comissão Municipal de Professores/APEOC condena veementemente toda e qualquer atitude de intimidação ao direito do professor de se reunir na luta por seus direitos. Também condena o envio ao Poder Legislativo Municipal, por parte do Executivo, o Projeto de Lei Nº 009, de 20 de abril de 2009 que diz que implanta no âmbito do Município o Piso Profissional Nacional Salarial.

O mesmo chegou à Câmara Municipal sem o conhecimento da Comissão Municipal de Professores/APEOC e muito menos sem ser apresento e discutido com a Classe de Professores do Magistério Municipal. Pior: o projeto se aprovado do jeito que está fere gravemente o Plano de Cargos e Carreira do Magistério Municipal e é nocivo para toda a classe de professores. O mesmo reduz a carga horária de contrato do professor de 125 h mensais para 108 h, sendo 100 h para atividade com aluno e 8 h para planejamento. Como o projeto cria uma verba de gratificação de planejamento, o professor perceberá em seus vencimentos o correspondente a 100 h de trabalho, o equivalente a R$ 566,20, metade de R$ 1132,40, que é o valor do Piso Profissional Salarial hoje para uma jornada de 40 h. Pelo projeto, todos os professores que ganham abaixo de R$ 566,20 passariam a receber esse valor, não importando a titulação que o professor possua, ou seja, nivela e coloca todo mundo no mesmo barco. Quem não for contemplado por esse mecanismo, para consolo, sobra um reajuste de 5% em cima de seus vencimentos.

Perante essa realidade, a Comissão Municipal de Professores/APEOC, orienta que a categoria se mantenha organizada e unida na luta pela não aprovação na Câmara Municipal do Projeto de Lei Nº 009, pois ele traz danos e prejuízos terríveis para todos os professores do Magistério Municipal.

Antonio Arimaci Negreiros Martins.
Presidente da Comissão Municipal de Professores/APEOC


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Chuvas em Pereiro















Pereiro registrou 156mm - a maior chuva no Estado entre terça e quarta-feira últimas. Entretanto, por estar em terreno mais alto, as águas de Pereiro foram escoadas para o Rio Figueiredo.

Pequeno Video do Pólo de Lazer.


(fonte: Youtube)

terça-feira, 5 de maio de 2009

A Procissão de São Judas Tadeu

A procissão

Monte Cristo Reis

Antes


Depois

Praça da Telemar o Antes e o Depois


domingo, 3 de maio de 2009

Polo de Lazer







Visão da Praça Dr. Antônio Augusto. Ao centro, o corêto da banda de música inaugurado 1926 pelo Maestro Odílio Silva.






Antigo bairro do corculo, Vendo-se à esquerda a residência do comerciante Manuel Mourão. Ao fundo a residência do Cel. José Xavier - Capitão da guarda Nacional.

Visão do antigo monte do Cruzeiro.

Casa Paroquial - 1923







Pereiro 1922. Praça da Matriz, vendo o cruzeiro bento pelo missionário Frei Vidal em 1799 e o corêto construido pelo Maestro Odilio silva em Homenagem ao Cetenário da República. À direita o obelisco comemorativo ao cinquentenário da abolição dos escravos. 27/09/1883.






Matriz de São Cosme e Damião de Pereiro, Inaugurada em 11 de outubro de 1831. Primeiro vigário Pe. Antonio Camelo Valcacer. A festa dos Santos gêmeos, é uma tradição na vida religiosa do Ceará.





Antiga Praça da Matriz tendo o vetusto Prédio da Independência (hoje demolido).

Fazenda Trigueiro









Pereiro - Bi - Secular Casarão da Fazenda Trigueiro, Propriedade do português Manuel Diógenes. Foi seu habitante por vários anos, o fazendeiro José Diógenes Maia. O casarão é habitado pela Viuva Delcides Vieira Diógenes. Construido pelos escravos em 1794. Em 1976, recebeu a santa bença de Frei Damião de Bozano, em pregação pela Serra do Pereiro.

Histórico

Segundo o históriador Antônio Augusto de Vasconcelos, Juiz Municipal de Pereiro, presidente da solenidade comemorativa da abolição dos escravos daquele comuna em 1883, concedidas as sesmarias nas Seras do Camará e de Pereiro, pela Câmara Municipal de Ico, não havia ainda moradores naquela região serrana. A Serra do Pereiro foi habitada pelos índios Icós que lhe davam esse nome.No entanto, diz a tradição que Manuel Pereira, naturalde São Bernando de Russas, naseca de 1777 subiu a serra com a família,venceu seríssimo obstáculos, a mata densa e inexplorada e ali construiu um nicho no lugar em que edificou o povoa. Naquela época, longínqua, não existiam meios de defesa contra o flagelo, razão porque o drama atingia as cores impressionantes da miséria e mortalidade. Corria o mundo a fertilidade da Serra do Pereiro, nos limites do estado do Rio Grande do Norte. Desses Jaguaribenses intrépidos, foi Manuel Pereira, de Russas, largou-se no mundo, acompanhando da numerosa família em demanda da serra cuja fertilidade era invejável e lhe garatia a subsistência.Do cimo da serra, Manuel Pereira monta sua moradia de pau a pique e, pouco a pouco, um pequeno aglomerado foi crescendo. Certo dia , Manuel Pereira, homem de fé, mandou erigir um nicho de oração dedicado aos santos gêmeos, Cosme e Damião. Passadosalguns anos, ou seja, em 1798, Pereiro recebe a visita do famoso missionario Frei Vital da Penha, que atraiu centenas r centenas de cristãos. É sabio que o primeiro sacerdote a visitar a capelinha dos santos Cosme e Damião, de que se tem notícia, foi o célebre apóstolo Frei Vital de Froscarello, capuchinho da Penha, em Recife. Abriu, entre o povo, missõesque se tornaram célebres. segundo outros registros, aCâmara de Fortaleza escreveu ao governador do Bispado de Pernambuco e ao Prefeito da Penha, agradecendo-lhes terem mandado ao Ceará o missionário Frei Vital e rongando que não o façamretirar da capitania sem que haja concluído as missões que nela está pregando. Em 1920, o então vigário de Pereiro, Pe. Miguel Xavier de Morais, que deixou um ministério santoe edificante, registra que no dia 27 de outubro de 1798, assinado por Frei Vital, foi encontrado casualmente em 1900, por ocasião de ser serrada a haste deum velho conservado na matriz, como dizia o histórico: "Existia , na Matriz, uma haste de um velho cruzeiro, tido grande veneraçãopelo povo, o qual fora arrebatado por um louco. O Revmo Pe. João Carvalho de Araújo, meu predecessor, mandou serrar a haste do dito cruzeiro para trabalhos pertencentes a Matriz. O serrote, Jeitoso e providencialmente manobrado por destro carpinteiro, descobriu ileso um invólucro misterioso. O Revmo Pe. João Carlos, emocionado e surpreso, religiosamente o extrai e examina, com grande ansiedade. Eis que tem em sua mãos um ligeiro das missões de Frei Vital nesta Frequesia aos 27 de outubro de 1798, uma pequena cruz de metale uma relíquia de Santa Flora. Depois, o aludido Pe. João Carlos, cuidadosamente, envolveu de novo o secular achado e colocou em um caixilhopróprio, cavado ao pé da tosca cruz comemorativa do século 1800-1901, feita com a madeira do velho e venerado cruzeiro. Pereiro, 24 de janeirode 1920." Definitivamente, até o ano de 1874, Pereironão conhecia os rigores do cólera morbus. Durante muitos anos, o povoado conservou o nome de Pereiro. A revolução de 1817, de natureza republicana, cujos reflexos se fizeram sentir no Ceará, registrou no povoado uma série de crimes e prisões. A povoação de Pereiro foi teatro de lutassangretas entre os partidos "Rasgado" e o "Patriota" ao tempo do movimento armado de 1924, conhecido por "Confederação do Equador", tendo sido vitimado, em consequência, o Sargento-Mor Manuel do Espírito Santo da Paz e muitos outros. Depois de proclamada a República do Equador, a 27 de agosto de 1824, 0s portuqueses de Iço, sabendo a aproximação de Pereiro Filgueiras, refugiaram-se na serra, no Arraial de São Severino, onde residia o célebre Manuel Antônio de Amorim. Este, à frete do seu povo, plantou na povoação do Pereiro a bandeira imperial. Pereira Filgueiras, ao saber dos propósitos do ataque deAmorim, impeliu o Sargento-Mor Queiroz, em fins de setembro, para desalojá-los da povoação. Amorim, Dividindo sua tropa em dois corpos, atacou, de emboscada na ladeira do Pau Branco, Queiroz, que se viu derrotado. Os imperialista de Pereiro contribuíram ainda para que a tropa de José Dantas, do Rio do Peixe, batesse os republicanos em mais de um encontro. Na mesma época, Manuel Antônio de Amorim, de ordem da célebre comissão Matuta, foi mandado profligar com a tropa de Tristão Gonçalves, que deixara o Aracati para juntar-se ao exército de Pereira Filqueiras. Em 31 de outubro de 1924, travou-se cerrado tiroteio no lugar Santa Rosa, em que foram derrotados os revoltosos, no qual perdeu a vida o vida o vigoroso presidente confederado, tristão Gonçalves, tornando-se impossível as reuniões das forças republicanas. Este histórico tem profunda ligação com o município de Pereiro.

Fontes dessa Postagem Livro Pereiro Serra dos Santos Cosme e Damião por: Adauto Odilon da Silva.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Fotos da Praça da Vila Nova

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Depois

quinta-feira, 30 de abril de 2009