sexta-feira, 4 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
sábado, 15 de outubro de 2011
Ererê Ceara - CE
Iracema Ceará - CE
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
sábado, 8 de outubro de 2011
A IMPONENTE CASA GRANDE DA FAZENDA TRIGUEIRO
EXEMPLO ÙNICO DAS VELHAS CASAS DO SERTÃO – PEREIRO, CEARÁ
Quando estava realizando a pesquisa para a elaboração do meu livro “João Rufino-Um Visionário de Fé”, em uma ocasião tive de seguir para a região do Jaguaribe no Ceará, na tentativa de compreender as origens da família do homem que criou o grupo industrial de torrefação de café chamado Santa Clara/3Corações.
Seguia nesta viagem com os amigos Francisco Pessoa Sobrinho, mais conhecido em São Miguel como Mazinho e o Técnico da Emater Joaquim Rêgo.
Ao adentrarmos o Ceará pela área territorial da cidade de Pereiro, que se limita com São Miguel, seguimos pela sinuosa estrada CE-138. Em certo ponto fui informado que uma casa de fazenda, pintada na cor branca, de estilo moderno, era a Fazenda Campos, pertencente ao pecuarista Mardônio Diógenes, na época ainda vivo. Este homem ficaria marcado na história da região por um sério conflito entre famílias, ocorrido entre as décadas de 1970 e 1980.
Quando mal começávamos a entabular um diálogo para que eu pudesse conhecer um pouco mais desta história, a nossa direita passou uma grande casa, que logo me chamou a atenção. Pelo aspecto, sem dúvida nenhuma era uma casa de fazenda bem antiga, mas que se mostrou bem conservada.
Surpreso, fui informado pelos meus companheiros de viagem que esta era a casa grande da propriedade Trigueiro, pertencente a família Diógenes e que a mesma era muito antiga, tendo sido erguida por escravos.
Guardei a informação para visitar o local em uma ocasião futura.
Período da Construção
Em abril de 2010, na época do lançamento do meu livro em São Miguel, quando tive oportunidade de passar vários dias naquela bela cidade serrana potiguar, decidi realizar uma visita a sede da Fazenda Trigueiro. Nesta ocasião, uma tarde de sábado, fui sozinho e, por não conhecer seus proprietários, não sabia se eles se interessariam de mostrar a sua residência para um estranho saído lá de Natal.
Ao adentrar o pátio, a minha visão foi tomada pela grande altura da lateral da vetusta e imponente casa grande. Certamente um dos poucos exemplares de sua época ainda de pé e sendo habitada por descendentes diretos da mesma família que construiu o local.
Do curral de gado saiu um cidadão de riso farto e semblante tranquilo, que me recebeu da melhor maneira possível. Este era José Dênis Vieira Diógenes, mais conhecido como Zé Dênis, que não colocou nenhum obstáculo em apresentar o velho casarão.
Em meio ao diálogo na grande mesa da sala de jantar, soube algumas interessantes informações daquele local preservado no tempo. Segundo Zé Dênis, a casa grande foi construída pelo seu antepassado Manoel Diógenes Maia e teria sido concluída em 1794, a 216 anos atrás. Toda a edificação foi realizada por escravos. Estes traziam a areia utilizada para a construção desde as margens do Rio Jaguaribe, distante da Fazenda Trigueiro 35 quilômetros. Consta que nesta época o proprietário possuía nada menos que 115 escravos.
Um dado interessante é que a Fazenda Trigueiro foi edificada praticamente na mesma época em que a povoação que ficaria conhecida como Serra do Pereiro crescia.
Consta que em 1777 deu-se a chegada à região de Manoel Pereira e de sua família, atraídos pelas terras férteis propícias a agricultura, com inúmeras fontes naturais de água potável e clima agradável com chuvas regulares. As principais atividades econômicas que caracterizaram esta época era a plantação de milho, feijão e a criação de bovinos e esta produção seguia para o município vizinho de Icó. A área onde Manoel Pereira buscou para cuidar de sua família passa a ser conhecida primeiramente como Serra do Pereira, passando depois a Serra do Pereiro. Depois o lugar foi desmembrado de Icó e elevado à categoria de vila pela lei provincial nº 242, de 21 e outubro de 1842, com a denominação de Santos Cosme e Damião da Serra do Pereiro.
Ao longo do século XIX houve na região o crescimento da plantação da cana e da produção de algodão. Ambos os produtos alcançaram altos índices de produtividade até a metade do século XX. Consta que a rapadura produzida na serra do Pereiro era conhecida pela sua ótima qualidade
Imponência
No grande casarão de 38 cômodos e 45 portas e janelas, Zé Dênis narra que seu avô Napoleão Diógenes Paes Botão foi outro grande impulsionador do crescimento econômico da Fazenda Trigueiro e da região.
Já seu pai, José Diógenes Maia, mais conhecido na região como “Coronel Zé Diógenes”, já falecido, foi político, mas deixou a atividade para se dedicar exclusivamente a agropecuária. Nesta área obteve muito sucesso, chegando a possuir quase trinta propriedades em várias localidades. Economicamente Zé Diógenes comandava a região que ia da fronteira com o Rio Grande do Norte até a localidade onde passa o Rio Figueiredo. Casado duas vezes, Zé Diógenes foi pai de quatorze filhos, sendo que o primeiro casamento, com a Senhora Tereza Dantas, trouxe ao mundo nove filhas.
Mas voltando ao casarão, Zé Dênis não sabe dizer com exatidão se o telhado existente ainda é o original. Ele acredita que sim, em todo caso me apresentou uma pesada e grande telha, que lhe foi informado ser original do imóvel. É uma peça de uns 50 a 60 centímetros de comprimento, por uns 25 centímetros de diâmetros, com as marcas dos dedos de quem as fez, provavelmente a mais de duzentos anos.
Ele informa que a madeira existente no teto, linhas, ripas e escadas ou são originárias de pau d’arco, ou de aroeira, ou angico. Todas árvores nobres da flora nordestina, mas atualmente são praticamente extintas na região. Neste quesito ele não tem dúvida de afirmar que toda a madeira interna da casa é original, daquelas que “cupim não rói”. Já a madeira das pesadas e grossas ripas que compõem as portas e o assoalho do sótão são todas feitas de cedro.
O sótão da casa é um caso a parte de tão grande. Acaba sendo uma outra casa dentro da casa. No “olhômetro” eu nem me arrisco a dizer a metragem daquele enorme compartimento. Ali, segundo Zé Dênis, ficavam anteriormente os escravos. Depois do fim do regime de servidão, os Diógenes trouxeram para o sótão trabalhadores contratados e junto a estes viviam alguns homens que faziam a proteção da propriedade, os famosos “cabras” . Outra função do sótão era a guarda de grandes quantidades de produtos rurais em seis quartos, além de queijo.
Coisas do “Outro Mundo”
Desde o primeiro momento que vi a casa grande do Trigueiro, os amigos Mazinho e Joaquim Rêgo me falaram que na região se sabia que no lugar apareciam almas penadas, visagens, choros e barulhos sem motivo aparente. Durante meu período em São Miguel, se por acaso surgia em alguma conversa uma referência sobre coisas do “outro mundo”, era certo que as histórias da Fazenda Trigueiro entravam na conversa.
Durante a minha visita a casa Zé Dênis confirmou que os fatos eram reais e me passou algumas informações.
Não era raro os moradores ouvirem sons de instrumentos musicais sendo tocados, em “apresentações” que duravam horas. Ele comentou que os homens que faziam a proteção do lugar, gente disposta, que só andavam armados, se borravam de medo com estes fatos e não raro um desses “cabras machos” iam embora ligeirinho da fazenda. Zé Dênis me mostrou um dos cômodos da casa que, segundo contam, morreu no local de forma inexplicável uma pessoa que ali adentrou.
O negócio cresceu ao ponto de sua mãe, Delcides Vieira Diógenes, a segunda esposa de Zé Diógenes, ir procurar frei Damião de Bozano, em uma das ocasiões em que ele passou pela região serrana realizando uma de suas “Santas Missões”, lá pelos anos entre 1974 e 1976. O famoso frade capuchinho recebeu D. Delcides e então recomendou simpatias e missas para as “almas do outro mundo”. Logo a situação melhorou.
Uma das simpatias de frei Damião para afastar as aparições era derramar água benta em três cantos que ele indicasse na casa.
Orgulho e Luta
Zé Dênis e sua família tem um grande orgulho em viver neste local. Chama a atenção o nível de consciência que eles possuem sobre a importância da casa grande da Fazenda Trigueiro em termos históricos e sabem que locais como aquele são raros nos dias atuais. Eles se sentem muito bem em receber visitantes que desejam conhecer o bicentenário imóvel, principalmente alunos de universidades. Ocasionalmente a família Diógenes recebe visitas de membros de órgãos governamentais, que tem ideias de incluir a residência rural em roteiros turísticos. Mas na prática Zé Dênis e seus familiares não contam com a ajuda de ninguém para manter o histórico imóvel. Ele me informou que é uma luta manter uma casa tão grande.
A família sabe que, mesmo com toda a importância histórica e as características únicas da Fazenda Trigueiro, a burocracia brasileira é extremamente complicada quando o assunto é apoiar a manutenção de um imóvel privado. Mas Zé Dênis segue na esperança que possa ser dado a imponente casa um destino que seja positivo tanto para a família Diógenes, quanto ao imóvel, que possui inegável importância para a comunidade de Pereiro e o estado do Ceará.
Depois de fotografar o interior da casa fui embora tranquilo e feliz। Enfim, em um país com pouco mais de 500 anos de história pós descobrimento, não é todo dia que visito uma casa bicentenária, com tamanho peso histórico para a compreensão da vida privada da elite agrária sertaneja.
Fonte http://tokdehistoria.wordpress.com/2011/07/08/1583/
Os Fundadores da Academia Cearense de Letras Antônio Augusto de Vasconcelos
ANTÔNIO AUGUSTO DE VASCONCELOS.
Nasceu em Maranguape, a 23 de dezembro de 1852.
Filho de Justino Augusto de Vasconcelos e de D. Francisca Cândida de Vasconcelos. Cursou o Seminário de Fortaleza, que abandonou em 1876,matriculando-se na Faculdade de Direito de Recife, onde, após um curso brilhante, recebeu com distinção o grau de bacharel,a 5 de novembro de 1880. Em Recife manteve, com os seus colegas Gil Amora, Virgílio Brígido, Pedro de Queiróz, Tarquínio de Sousa Filho e José Augusto de Sousa Amaranto, a revista "Ensaio Jurídico e Literário" e colaborou na imprensa.
Voltando ao Ceará, exerceu os cargos de Promotor de Justiça de Canindé e Granja e Juiz Municipal de Aracati e Pereiro, deixando em todas essas localidades traços da sua passagem, com a fundação de gabinetes de leitura e uma Escola Popular e pela pregação abolicionista que levou a efeito.
Desistindo das funções judiciárias, entregou-se ao magistério público e particular,lecionando História na Escola Militar e Geografia no Liceu do Ceará. Dirigiu a Biblioteca Pública do Estado.
Teve assento como deputado na Assembléia Legislativa. Foi um dos mais ardorosos defensores da idéia da fundação da Faculdade de Direito do Ceará e, criado o importante instituto em 1903, nele ocupou a cátedra de Filosofia do Direito. Fundou, com outros reputados intelectuais, o Instituto do Ceará. Dirigiu o periódico "Galeria Cearense" e colaborou no "Ceará" e na "A Verdade".
Era jornalista vibrante e orador que encantava os mais seletos auditórios, pela eloqüência, cultura clássica, ritmo das frases,sonoridade da voz e atitude imponente na tribuna. Educou primorosamente a prole, constituída de quinze filhos, dentre os quais se contavam escritores, professores e juristas, todos possuidor de vasta ilustração, o que levou Pedro de Queirós a dizer que o preclaro cearense tinha uma academia em casa. Faleceu em Fortaleza, a 10 de março de 1930.
Obras principais: "Município de Pereiro"; "Abuso de Imposto"; "A Evolução do Passado";"Apontamentos Biográficos do Dr. Moura Brasil"; "Juízo Crítico sobre o Dicionário geográfico e histórico das campanhas do Uruguai e Paraguai, pelo General Leite de Castro"; "Cristo no Júri".
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Pistoleiro ´Mainha´ sofre uma emboscada e acaba fuzilado
Bandido que ficou famoso nos anos 80 como o maior assassino de aluguel do Nordeste foi morto com nove tiros
Nove tiros de pistola Ponto 40 ceifaram a vida e encerraram definitivamente a carreira de crimes daquele que já foi considerado o maior pistoleiro do Nordeste brasileiro. Passavam poucos minutos do meio-dia de ontem, quando Idelfonso Maia Cunha, o ´Mainha´, 55 anos, teve seu encontro com os homens contratados para matá-lo.
O encontro fatal aconteceu ao estilo que o pistoleiro sempre impôs nos longos anos em que foi literalmente caçado pela Polícia cearense. ´Mainha´ estava montado em burro, usava botas e esporas, além de um boné na cabeça para proteger-se do sol e, ao mesmo tempo, dificultar sua identificação. Mas, desta vez, estava desarmado. Dois homens, ocupantes de um carro preto, atacaram o matador de aluguel em um pequeno matagal, na esquina das ruas Samambaia e Encontro das Águas, no Conjunto Prourb, no bairro Novo Maranguape.
Fuzilado
Segundo o perito criminal Robério Abreu, da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), foram contados nove ´buracos de bala´ no corpo de ´Mainha´. Um deles na cabeça. Os demais foram distribuídos no braço direito, no peito e abdome. O matador de aluguel que fez história na bandidagem nordestina nos anos 80, tombou ali mesmo. O animal que ele montava foi atingido por três balaços.
"Foram muitos tiros. Ouvi tudo, pois estava em casa na hora do almoço", contou um morador próximo dali.
Logo a notícia da morte de ´Mainha´ se espalhou na região de Maranguape e chegou aos órgãos de imprensa da Capital. Uma multidão seguiu para o local, obrigando a Polícia Militar a fazer um cordão de isolamento que acabou rompido.
Investigar
Presentes ao local do fuzilamento estiveram várias autoridades, entre elas, o superintendente da Polícia Civil do Ceará, Luiz Carlos Dantas; o delegado de Maranguape, Aroldo Mendes Antunes; o diretor-adjunto da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Franco Pinheiro; e o titular da Divisão Antissequestro (DAS), delegado Andrade Júnior.
Tanta autoridade no local de um assassinato se justifica. Durante mais de 10 anos, ´Mainha´ foi caçado no Nordeste brasileiro e até em outras regiões brasileiras. Em 1987 escapou de um cerco policial na fazenda do agropecuarista Domingos Rangel, no Município de Castanhal, no Pará. Mas, no dia 6 de agosto de 1988, ´Mainha´, que na ocasião usava o nome falso de Paulo Pereira de Morais, foi capturado na cidade de Quiterianópolis (a 415Km de Fortaleza).
Dantas participou da prisão ao lado dos delegados Francisco Carlos Crisóstomo e José Lopes Filho (então, comissário). Desde aquele dia, passou a responder pelos seus crimes.
FERNANDO RIBEIRO/JÉSSICA PETRUCCI
EDITOR DE POLÍCIA/REPÓRTER
Procurado
11 anos de operações policiais culminaram com a captura do pistoleiro no dia 6 de agosto de 1988. ´Mainha´ foi preso na cidade de Quiterianópolis
SANGUE FRIO
Bandido cometeu ´rosário´ de crimes
O ´rosário´ de crimes atribuídos a Idelfonso Maia Cunha remonta ao ano de 1977, quando o então prefeito de Alto Santo, Expedito Leite, foi assassinado em Fortaleza. Desde então, o pistoleiro passou a ser caçado pela Polícia cearense.
Ao acusado são atribuídas, pelo menos, 40 mortes, entre elas a de quatro pessoas vítimas de uma chacina na BR-116, no dia 16 de abril de 1983. Na ocasião foram mortos o prefeito João Terceiro de Sousa; a esposa dele, Raimunda Nilda Campos; o motorista Francisco de Assis; além do soldado PM João Odeon, que havia pego uma carona no carro do político.
Vinganças
Mas o primeiro crime do qual ´Mainha´ respondeu (e confessou) aconteceu na cidade de Quixadá no dia 23 de janeiro de 1982, quando, durante uma discussão de vizinhos, ele foi chamado de ´ladrão de cavalo´ e, por isso, sem hesitar, assassinou Orismilde Rodrigues da Silva, o ´Caboclo Bárbaro´. "Nunca fui ladrão", disse ´Mainha´ após sua prisão, em 1988.
Protegido pelo fazendeiro Chiquinho Diógenes, ´Mainha´ também praticou crimes em junho de 1983, quando trocou tiros e matou dois pistoleiros que haviam sido contratados por seus inimigos no Rio Grande do Norte. O local do embate foi o posto Universal, na BR-116. O mesmo ´rosário´ de fuzilamentos inclui como vítima o despachante comercial Iran Nunes de Brito (assassinado em plena Aldeota, na noite de 17 de junho de 1983).
A prisão
Prender o matador de aluguel mais famoso do Nordeste (chegou a ser capa de revista nacional), virou um desafio para a Polícia do Estado do Ceará. Para esta missão foi destacado o delegado Francisco Carlos de Araújo Crisóstomo. Ele e o delegado Luiz Carlos Dantas, juntamente com o inspetor Antônio, o ´Bigode´, passaram dias a fio no rastro do assassino, até o dia em que conseguiram detê-lo.
Para a Polícia, a morte de ´Mainha´ está ligada a fatos recentes. "Já estamos com pistas", disse Dantas. A história de crimes chegou ao fim da linha.
SOCIÓLOGO EXPLICA
Acusado assumiu o papel de justiceiro
César Barreira afirma que ´Mainha´ negava matar por dinheiro. Era um vingador que queria uma ´assepsia social´
Mito ao se tornar o maior pistoleiro do Nordeste, ´Mainha´ negava receber dinheiro pelos crimes que praticava, dizia cometê-los "por questão de honra e vingança". Essas eram as palavras presentes no discurso do criminoso para justificar os seus atos.
César Barreira, coordenador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) da Universidade Federal do Ceará (UFC), explica que, ´Mainha´ ganhou destaque nacionalmente, em especial, na década de 80, época em que mais cometeu crimes, por conta de uma campanha contra a pistolagem promovida em todo o Brasil.
Segundo o sociólogo, ´Mainha´ sempre se colocava como vingador, um justiceiro que cometia os assassinatos no campo da honra, seja para defender uma irmã ou pelo simples fato de ter sido chamado de ladrão. Assim, o criminoso fugia do que é considerado comum na pistolagem, sempre destituída de valores sociais, com um mandante e um executor em uma relação mercenária.
"O ´Mainha´ era um vingador diferente, ele queria fazer uma espécie de assepsia social. Conforme ele, as suas ações estavam ligadas aos problemas familiares, como um filho que tentou matar o pai e por isso deveria morrer", comenta o especialista. Dessa forma, César Barreira comenta que ´Mainha´ explicava a motivação de seus crimes dentro de questões sociais, como a honra e a proteção aos membros da família.